Imortal
Não haverá noite, nem amanhãs...
Somente o ser
Não haverá noite, nem amanhãs...
Somente o ser
pisando no barro e
cuspindo no sonho que lhe sobe pelas encostas,
conduzindo estrelas e as dores curtidas
nesta argamassa que lhe reveste os ossos.
A boca que segreda esquinas
lambe
as feridas cruas,
e agora – um silencio de pedra
no assoalho das catacumbas...
O medo
onde a lua veleja na lembrança e
surge solitária e densa
por detrás das araucárias – gênese sob a cruz!
E o calvário do olhar pentassílabo
cuspindo no sonho que lhe sobe pelas encostas,
conduzindo estrelas e as dores curtidas
nesta argamassa que lhe reveste os ossos.
A boca que segreda esquinas
lambe
as feridas cruas,
e agora – um silencio de pedra
no assoalho das catacumbas...
O medo
onde a lua veleja na lembrança e
surge solitária e densa
por detrás das araucárias – gênese sob a cruz!
E o calvário do olhar pentassílabo
padece
enquanto navego este céu viandante da noitidão da alma
enquanto navego este céu viandante da noitidão da alma
que me fecha as asas
calando os malefícios e soluços
dos nobres.
Recitando o Salmo e incorporando
o renascer do mundo
caminho descalça pelo átrio
desta quimérica Babilônia.
calando os malefícios e soluços
dos nobres.
Recitando o Salmo e incorporando
o renascer do mundo
caminho descalça pelo átrio
desta quimérica Babilônia.
foto: Lu Genovez
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