sexta-feira, 21 de julho de 2017

UM BREVE MOMENTO ENTRE O CLARO E O ESCURO



Deixo resplandecer a tentativa do pecado de recriá-lo só para meu prazer e o que me conduz aos traços ora nervosos ora suaves, é o instinto primitivo que  revoluciona o claro e o escuro numa desesperada ânsia de deter o seu olhar sobre mim. E o 'proibido' me invade o pensamento anunciando que a solidão chegou ao fim e o mais íntimo e satisfatório impulso me permite a visão da metade que é só minha - " Eu sou teu cântaro ( e se me romper?)" -, serei o seu amor incorrigível que treme a alegria no labirinto de um beijo francês e todos as risadas defendidas com a curvatura do meu corpo sob o seu. Serei a sua metade em rabiscos entrelaçados no claro escuro de cada poesia onde eu desenho o seu olhar sobre mim.

para Odur



desenho : LL


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