Respondi três perguntas feitas pelo Presidente da Academia Poética Brasileira, o jornalista e escritor Mhario Linconl
ML- O QUE MAIS
TE SURPREENDE EM TUA POÉTICA?
LL- O que tem me
surpreendido na minha poética é o retorno crescente que venho recebendo, até
mesmo porque é muito difícil transitar no meio literário onde existem cobranças
e julgamentos e criticas muitas delas negativas e quando não destrutivas, ao menos são desanimadoras. No meu caso a resposta tem sido muito satisfatória e isso vem refletindo na minha escrita que está mais consistente, mais madura o que é muito
bom para mim, para a minha evolução não apenas como poeta, mas como ser humano.
ML- AS
VERDADES DO MUNDO SÃO AS SUAS VERDADES?
LL- NÃO, a minha
verdade nada tem a ver com as verdades do mundo. Eu sei o que é compaixão e
esse entendimento me torna mais sensível diante do sofrimento alheio e mais
crítica perante desigualdades e dissimulações. A minha verdade age de forma
explícita, porém silenciosa, mesmo sem a necessidade de ser mencionada, ela é
genuinamente verdadeira.
ML- QUAIS A
CERTEZAS QUE A VIDA NOS OFERECE?
LL- A meu ver a
vida nos oferece duas certezas: a escravidão e a morte. Cada dia a humanidade
se torna mais dependente de bens materiais, posição social, domínio familiar e relações afetivas
conturbadas, amizades superficiais e outros. Quando há um rompimento em algum
destes segmentos, há um descontrole emocional e a realidade mostra que a vida embora
frágil e efêmera, é uma armadilha em busca de presas fáceis. Nós somos as
presas, mas esse despertar permite conhecer genuinamente a nossa capacidade de
desenvolver um potencial de liberdade e reger a própria vida. Diferente da
morte que não podemos evitar, contudo, podemos aprender que a morte não é o fim,
mas expansão da consciência.
*foto: Mhario Lincoln, advogado, jornalista, presidente da Academia Poética Brasileira e Embaixador Universal da Paz com Luciah Lopez