terça-feira, 30 de dezembro de 2014

FELIZ 2015



Nós, criaturas humanas imbuídas de esperança, acolhemos o novo ano que se aproxima, com o nosso espírito em festa. Certos da concretização de sonhos, projetos e mesmo dos anseios mais secretos, muitas vezes nos esquecemos de regras e acabamos por engavetar muitos desejos. Por outro lado, é importante lembrar que, a realização de qualquer projeto de vida, por mais ínfimo que seja, requer o nosso esforço sempre supervisionado pela determinação.
Tudo neste Universo tem seu lado positivo. Tudo se mantém em equilíbrio e mesmo que não consigamos entender as coisas num primeiro instante, basta tomar um pouco de consciência para que tudo seja esclarecido. Nunca é tarde para sonhar, para despertar a criança interior que cada um de nós possui. Nunca é tarde para sorrir, para abraçar, para dividir um aperto de mãos, como também nunca é tarde para perdoar! A cada ano que consigo vencer, eu tenho procurado o exercício do perdão, da paciência, da humildade - porque acredito serem de grande valia para que  possamos estar num estado de felicidade amplo e uma vez nesta amplidão, nos tronamos capazes de dividir a felicidade com outras pessoas.
Então, eu agradeço a cada um de vocês, que de alguma forma estiveram presentes na minha vida, seja amigo virtual ou aqueles a quem tenho o privilégio de abraçar vez ou outra - agradeço o carinho e o respeito com que sempre me recebem e saliento novamente a importância da amizade de vocês.
Desejo que este ano nos abrace com toda essa luminosidade, todo esse calor e faça de nós a cada dia, pessoas mais próximas do entendimento das palavras desse Deus Misericordioso e Único.
Tenham todos o meu carinho meu repeito e minha amizade e que possamos "juntos" vencer mais este ANO NOVO!


com Odur





Um feliz e abençoado 2015 para todos!


foto: Bruno (meu filho)




segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

UM CONTO DE NATAL


Um Conto de Natal

Parado diante da árvore de Natal ele intensifica o olhar
no brilho dos enfeites coloridos. Seu olhar percorre com a inocência típica da infância, toda seqüência de cores e o brilho onde ele poderia voar... 
Queria voar para além daquele tempo e daquela inocência. Voar para dentro daquela bola de cristal que guarda uma paisagem de outras terras. Queria uma paisagem natalina com neve caindo no seu rosto sardento e abrir um enorme sorriso sem se lembrar da “janelinha” [ele estava trocando os dentes] e isso deixava o seu sorriso um tanto restrito. Queria sentir o frio e a maciez da neve... Queria conhecer a neve. Queria conhecer outros lugares outras terras. Era inquieto em seus pensamentos “voadores” e voava, voava...
Estava tão ausente que não ouviu os passos do pai apenas sentiu a sua mão pousando em seu ombro forçando-o a realidade. Olhou a volta viu as irmãs brincando. Ouviu a conversa da mãe e da irmã enquanto preparavam os pratos que seriam servidos no almoço de Natal. A “ceia” não tinha importância para quem acorda com os primeiros raios de sol. Pensava nisso tentando distinguir os aromas que vinham da cozinha onde o fogão à lenha ardia a chapa e aquecia o forno de onde saiam os biscoitos em formatos de árvores, botas, estrelas e cometas e que depois de frios eram confeitados pela mãe com glacê colorido e pequenas bolinhas prateadas. Gostava disso. Açúcar colorido e azedinho. Gostava disso.
Gostava do Natal. Era bom porque ganhava sempre algum presente. Um dia ganhou um cavalinho de madeira e virou um Príncipe e salvou a Princesa lutando contra um dragão e lutou por vários e vários dias até o cavalinho perder um olho depois o outro e ficar esquecido lá no porão. Teve também um cata-ventos azul e vermelho e um pião colorido que girava, girava muito, mas este se perdeu nas águas de um rio. E vários livros cheios de letras que lhe contavam estórias enquanto dançavam diante dos seus olhos.
A chegada de alguém interrompe seus pensamentos. São os tios e primos que vieram para o Natal. Muito riso e brincadeiras. O pai sempre alegre, a mãe tão carinhosa a casa cheia de gente e o perfume das comidas o faziam desejar que o tempo não fosse adiante. Lembra-se de ter pedido isso ao Papai Noel. Pediu que o dia do Natal fosse sempre assim. E nem se percebeu que o tempo faz as coisas ficarem deferente. Um dia aquela bola de vidro com a paisagem natalina caiu e se quebrou. E o tempo tirou-lhe as sardas do rosto e o fez crescer. Deu-lhe barba, responsabilidade, mas manteve o mesmo sorriso e o mesmo olhar inquieto. Hoje ele olha uma árvore de Natal mais bonita e maior e pensa nas coisas que mudaram tanto. Ouve outros risos de criança, sente outros cheiros vindo da cozinha, mas não sente o peso da mão do pai em seu ombro nem ouve a risada da mãe lá na cozinha. Olha para os presentes embaixo da árvore. Não tem pião, nem bonecas de pano e nem mesmo o cavalinho de madeira... Um pouco decepcionado baixa o olhar e encontra uma bola de cristal com uma paisagem natalina. Lá dentro, brincando na neve fria está a Princesa que ele salvou do dragão. Ela o vê e sorri, abre os braços como se quisesse abraçá-lo. –“É Natal, meu amor!” ela grita –“Vem, vamos correr na neve, vem, eu te espero!”.
Ele esta tão ausente que não percebe os passos atrás de si até sentir o peso da mão em seu ombro e alguém chamando para a ceia de Natal. Ele, o Príncipe, olha novamente para a grande bola de cristal e a Princesa lhe joga um beijo e se vai. A neve continua a cair dentro da bola de cristal.



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O AMOR




O AMOR

Onde o amor reina é impossível não amar.
É impossível não deixar a Luz  benevolente
acalmar os grandes conflitos  e ampliar a consciência
reconhecendo a grandiosidade de cada amanhecer.

Onde o amor se instala como se não houvessem fronteiras
o espírito se adianta livre da repugnância
da aversão e do sarcasmo, e uma vez reconciliado com a Luz
assume a sua capacidade transformadora
sobre as sensações do pensamento reflexivo  dando
a cada um uma visão ampliada daquilo que somos em essência.

Onde o amor reina, a fonte da Água Viva sacia a sede,
e a escuridão e a sombra dão lugar à Luz da Vida
abominando a separação entre Criador e criatura.