quarta-feira, 23 de novembro de 2016

REFLEXÃO




Depois da meia noite de que me vale o sono, se você não vem? Asgard é logo ali, num canto do quintal onde a lua  faz carícias na copa do arvoredo desenhando crivos pelo chão. O meu corpo está deserto e as feras do meu medo, rondam pela sombra, soltando rugidos  e lambendo os meus pés desnudos. As feras de mim mesma! O que é a noite sem os teus beijos acendedores que são, das minhas estrelas?! O que posso desejar da noite, se não, a concha da tua mão onde repousar meu seio?! De que me vale a noite, se eu sou escuridão sem a tua luz?


para Odur






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