sexta-feira, 15 de setembro de 2017

GALOPE MARTELADO



Ouviu-se um galope desenfreado.
- Quem vem lá?! Um ciclope, um unicórnio dourado, um centauro alucinado?! Não consigo distinguir, tudo é inútil e sobre mim a fatalidade de um espírito nostálgico. Todavia, a inutilidade da palavra vã, aproximou-se e a ocasião fez com que se cumprissem todos medos e sobressaltos que a alma enclausurada acomete. Há um instante de alerta e uma necessidade peremptória de confessar todo o meu amor, mas os sentimentos se extraviam antes mesmo que as flores possam fazer parte da primavera...
Posso dizer que de um modo geral, eu resisto aos sonhos, vez por outra, como a tinta que escorre sobre a folha branca criando imagens inexatas.




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