quinta-feira, 4 de junho de 2020

TODOS OS MUNDOS


Através da úmida neblina, a minha figura, acelera a solidão, e alça voo, rumo ao mundo exterior deixando para trás todos os mundos, onde os pecados são como as sombras sem nome e sem atrativos, que sucumbem pelos becos pelas sarjetas, nas calçadas, nos pisos de linóleo frio e se acumulando uns sobre os outros embalam a melancolia de todos os mundos. Lá, bem longe, onde o  horizonte é uma larga avenida que poucos podem caminhar indiferentes ao clamor da morte  - Que fazes aqui?  - perguntou a própria morte ao empobrecido ser humano - ¨Eu busco a mim mesmo" - mas não sendo dono da própria verdade, não lhe serve de amuleto, e, deixa que se vá claudicando aqui e acolá feito sístole e a diástole do fim do mundo.


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