quinta-feira, 13 de julho de 2017

VIAGENS


Acabei de olhar o céu -, poucas estrelas estão visíveis, mas o desenho das nuvens é fantástico, surreal! Hoje a noite está silenciosa, apenas um ou outro ruido e o "conversar" distantes entre os cachorros. Nada me fala de tristezas - não, algo até bem singular me faz dar risadas aqui sozinha: eu estava comendo brigadeiro de panela e lambendo os dedos!Uma tentativa puramente infantil à qual me entrego feliz. A infância não se distancia de nós a não ser que todas as nossas perguntas tenham obtido respostas e não hajam mais motivos para sonhar. Não creio que isso seja possível -, não nos tornamos adultos, insípidos e insensíveis porque não matamos a criança dentro de nós, ela aproxima-se e podemos ouvir o coração da noite e sentir o perfume das estrelas -, ninguém nos impede de viajar em navios fantásticos e buscar a aurora boreal. Não! Ninguém nos impede de viver e nem a Vida se retira de nós sem que permitamos. A primeira ausência é o medo de sonhar e isso nos faz resvalar para o mundo obtuso dos mortos-vivos e o seu tom peculiar de dizer: Isto não existe, deixe de sonhar! - deixar de sonhar, isto, sim é o mesmo que deixar de viver e não condiz com minha alma de poeta.



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