sexta-feira, 6 de julho de 2018

ROTA


Percebo que a rota é longa e eu só confio em gente que se espreguiça entre um bocejo e outro e não se cala diante do inesperado. Não é de tristezas ou remorsos que o caminho é traçado e não se agasalha a solidão em pratos de porcelana ou sangria em velhos copos de cristal lapidado. Eu não navego à toa -, meu navio tem leme. Entre mar e terra tudo é opaco, e morrer não significa o fim, apenas  o começo de um outro voo de natureza humana. O vento não aguenta a solidão e estende as asas para qualquer lugar. Eu voo por aqui e não existe uma distância que não possa ser vencida no sopro desse vento. Haverão outros dias, outros caminhos mas uma só direção.


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