segunda-feira, 2 de julho de 2018

NA TUA PELE / UM POEMA VIVO


Quero um poema vivo.

Quero letras/línguas
lambendo a pasmaceira do meio dia/hora inteira
na memória variante
que resguarda a tua ausência.
Quero devorar a contemplação da tua imagem
eterna – gravada em mim – partícula que me navega
onde quer que eu vá...
Sabor da tua saudade [quero] no eco das tuas risadas
e nas palavras entre[cor]tadas
no teu silêncio/boca/fome de mim
tua fome em mim [quero] sempre assim.
Entre a perfídia e a sombra que assombra
quero mais de você
mais muito mais que um simples e solene beijo.
Quero os teus sonhos, as  tuas verdades, as tuas risadas, os teus voos, as tuas dores, os teus suores, as tuas cicatrizes - as tuas incertezas.
E da tua pureza, quero a pressa com que me acalmas
Quero a lascívia do teu corpo
No fôlego da tarde [catando prazeres]
Nos deslizes da minha língua na tua orelha...
quero amar o teu amor menino
entre as paredes nuas
e o chão riscado que esconde os olhos
porque eu te amo.

Voo nos teus braços/voo de pássaro aprendiz...

...buscando pouso nas tuas mãos (...)
Eu quero amar um poema vivo
Quero o poema na tua pele
Sou o poema que
eu escrevi...


para Odur LAM

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