quinta-feira, 30 de junho de 2016

JULHO



Julho...
Que tristezas calam os teus incontáveis dias fazendo adormecer os meus olhos banhados no sal e no eco das horas vazias? Noites frias... Aborrecidas e enfadonhas rondam a bestialidade dos meus medos gritando os meus temores sobre a única certeza ainda viva em meu coração - o meu amor por você! Amanheceres... Azul salpicado de cinza ou vice versa nessa aquarela descortinada que traz ao palco da manhã o canto das garças e o grito angústiado do último sonho... Ah, era mais um sonho que o pranto umidece e tinge de azul diante dos meus olhos incrédulos?! Às minhas mãos a tua ausência e ao meu coração a tua essência de amor e vida ainda tem o sabor dos teus beijos de romãnesta boca que não se cala... Tardes gris... Ameaçando o meu olhar de arco - iris a desenhar-te na distância entre uma esquina e a minha vida que em jardins te espera enovelando o sonho e a realidadena risada de uma criança. Julho... O vento frio ainda canta uma cantiga e sopra o fogo na lareira dançando as bailarinas chamas fazendo brilhar cada lágrima caída dos meus olhos ainda sem sonoainda sem alegria ainda olhando a distância entre a esquina e a minha vida. A distância entre o seu coração e o meu...

 foto: "álbum de família"

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