sábado, 14 de maio de 2016

ALICE E A VOZ DO VENTO


Alice e a Voz do Vento



As portas do templo estão abertas e o cheiro da vida emana!


________Alice fez as unhas usando esmalte preto. Não tem tempo para lenga lenga e já se acostumou aos ditames do sonhos, cada vez mais improváveis. A contemplação e os gestos de nobreza revelam a alma de Alice e as relações humanas, as convivências, as tentativas de conhecimento vão celebrando  o amanhecer. De súbito, uma porta é aberta _É você?!-, pergunta Alice, indecisa, ainda com os olhos tomados pelo sono, mas com o seu tom peculiar, o vento sopra a resposta. Isso não devia acontecer, não assim, durante a madrugada onde  tudo é possível. Alice sabe do mundo sombrio, do tempo e dos limites, e a sua expressão permanece inalterada _Não adianta chorar, nada se resolve com choros e lágrimas!-, e com este pensamento, Alice vira para o lado ajeitando a coberta sobre os ombros e adormece.


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