quinta-feira, 12 de maio de 2016

QUANDO TE VI

Quando te vi

Pressentimentos de quem quer do amor toda danação e o culto absoluto-, devoção sem mais querer, foi tudo que eu senti na aceitação daquele momento, quando te vi. E a ilusão andou comigo vislumbrando a  própria sorte e depois o amargo gosto da resignação assegurando o empalidecer das horas sem o afeto que me fizesse compreender a estrutura do amor. Emudeci e senti crescerem em mim os sonhos, como desdobramentos da memória nos quais você permaneceu em sua iridescência indo e vindo, como se soubesse que devia assegurar a sua presença nos meus mais íntimos pensamentos. Existíamos um para o outro assim como a lua e o sol e o resto do universo, para mim era inteiramente um equívoco. Não havia mais liberdade que pudesse me alcançar ou que eu desejasse mais, que a liberdade de caminhar os seus segredos e trazer o riso  como alimento aos seus dias. E o calor e a luz, todos os sentidos e toda religião que se faz amor sem que haja a insegurança de confessá-lo. Quando te vi -, os meu olhos já não eram meus e nem o meu coração ou mesmo a alma que me habita -, esta, já estava ao seu lado. O que fosse um sorriso, tornou-se em espera, e eu contei os dias, os meses se tornaram anos e a espera esboçou um sorriso para cada surpresa e tão tensa eu me sentia que não sabia o que dizer - então calei  e dormi. Sol e lua e as mão do Tempo numa carícia sem pressa assim, feito a sua mão passeando pelo meu decote...



 

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