quinta-feira, 5 de maio de 2016

O VAMPIRO E A CRUZ

Quando nos apaixonamo,  perder a razão, a lucidez e deixar de enxergar coisas evidentes é o mais comum. Em outra situação, saberíamos como proceder e qual atitude mais óbvia para evitar choros e lágrimas quando não se sabe o porquê. É triste constatar que pessoas se satisfazem de maneira torpe ao saber serem amadas, desejadas por outra. É triste, ter que desatar os nós da paixão, deletar os sonhos assim como se deletam palavras mal escritas. Quem ama - ama, mas quem é amado nem sempre ama. Nem sempre pode ou quer amar da mesma forma que é amado. Fomentar uma paixão da qual não se quer nada além que "uma válvula de escape" para aliviar a tensão ou mesmo como fonte inspiradora de belas palavras -, isso é o mesmo que matar, assassinar a outra pessoa. É roubar o que de mais precioso, o mais puro de sua essência e  menosprezando o amor  como parte de uma brincadeira inconsequente. Somos presas fáceis quando nos dizemos apaixonados, quando revelamos os nossos anseios, os nosso sonhos e passando a dividi-los. É extremamente doloroso quando a noite chega acompanhada de surpresas fazemdo entender que tudo era só uma brincadeira e que se danem os nossos sentimentos tão ingênuos, tão pueris - afinal, tudo se resolve assim, como o vampiro que sempre foge da cruz!



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